sexta-feira, 16 de abril de 2010

Erupção no Eyjafjallajökull

Nuvem de cinza vulcânica do vulcão Eyjafjallajökull sobre o Mar do Norte. Imagem captada a 15 de Abril de 2010 pelo sistema de imagem MODIS do satélite terrestre Terra.
Crédito: NASA/MODIS Rapid Response Team.

Frequentemente, a nossa visão antropocêntrica faz-nos esquecer que vivemos num dos planetas mais dinâmicos do Sistema Solar.
Ontem, a erupção do vulcão islandês Eyjafjallajökull provocou enormes transtornos no tráfego aéreo europeu ao obrigar a Irlanda, o Reino Unido, a França e os países escandinávios a encerrar o seu espaço aéreo. Em causa está a segurança dos voos. A cinza vulcânica é um material extremamente abrasivo que provoca sérias avarias nos motores dos aviões quando em contacto com as turbinas, com as câmaras de combustão e com outros componentes vitais.
A erupção do Eyjafjallajökull e o consequente caos nas ligações aéreas na Europa teve honras de destaque nos principais noticiários em todo o mundo. Como já vem sendo habitual, o fenómeno foi rapidamente interpretado por muitos como mais um presságio da derradeira revolta da natureza contra a humanidade (com desfecho para 2012?): uma ideia com ampla divulgação na internet, que normalmente encontra pasto fértil nas mentes menos esclarecidas.
Ao contrário do que anunciam os profetas da desgraça, erupções vulcânicas como a de Eyjafjallajökull são fenómenos vulgares, típicos de um planeta geologicamente vivo. É no mínimo ingenuidade pensar que estes e outros desastres naturais possam ocorrer por nossa causa.

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