segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Descoberta uma espiral de poeira em redor do asteróide (596) Scheila

(596) Scheila e a sua nuvem de poeira.
Crédito: Associazione Friulana di Astronomia e Meteorologia.

A União Astronómica Internacional publicou ontem um telegrama (CBET nº2583) com o anúncio da descoberta de uma nuvem de poeira em redor do asteróide (596) Scheila. Steve Larson do Lunar and Planetary Laboratory (Universidade do Arizona) foi o primeiro a notar a forma difusa em imagens captadas através de um dos telescópios do programa Catalina Sky Survey. O fenómeno já foi, entretanto, confirmado por outros observadores.
Concorrem duas hipóteses para explicar a aparência cometária de Scheila. A primeira recorre à possibilidade do impacto de um pequeno objecto poder gerar grandes quantidades de rocha vaporizada em torno de um grande corpo rochoso (à semelhança do que aconteceu com P/2010 A2 (LINEAR)). Para o efeito bastaria um objecto com apenas 1 metro de diâmetro.
A segunda hipótese coloca em causa a própria identidade do asteróide. Provavelmente, Scheila é um dos elusivos cometas da Cintura de Asteróides, objectos com órbitas semelhantes à dos asteróides, mas cujas características físicas são típicas das dos cometas. Nesse caso, a causa da súbita aparição da nuvem de poeira seria a exposição de bolsas de materiais voláteis à radiação solar.
Scheila tem cerca de 113 km de diâmetro. Descoberto a 21 de Fevereiro de 1906 por August Kopff, recebeu o nome de uma aluna inglesa sua conhecida, estudante na Universidade de Heidelberg.

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