domingo, 17 de fevereiro de 2013

NASA cria primeiro esboço do meteoróide de Chelyabinsk

Anteontem, a cidade russa de Chelyabinsk assistiu a um raro fenómeno celeste. Pelas 09:20:26 (hora local), um espectacular meteoro rasgou os céus de leste para oeste, deixando um rasto com cerca de 320 km de comprimento. Enquanto várias testemunhas registavam o evento em vídeo, poderosas ondas de choque atingiram as fachadas dos edifícios da cidade e de outras localidades nos arredores, enviando fragmentos de vidro e outros destroços pelos ares, e ferindo mais de mil pessoas.

Rasto deixado pelo meteoro de Chelyabinsk.
Crédito: Katerina Pustynnikova.

Baseados em dados recolhidos pela rede mundial de sensores de infrasons (usados para a detecção de testes nucleares), cientistas da NASA produziram ontem as primeiras estimativas rigorosas do tamanho e da massa do meteoróide responsável por este evento. Aparentemente, o objecto que causou tantos estragos em Chelyabinsk tinha, antes de atingir a Terra, cerca de 17 metros de diâmetro e 10 mil toneladas de massa. A sua entrada na atmosfera terrestre realizou-se sobre o Alaska, a mais de 6.500 km de distância da cidade russa, a uma velocidade de 18 km.s-1. 32,5 segundos após o primeiro contacto com a atmosfera, o meteoróide fragmentou-se violentamente a uma altitude de 20 a 25 km, libertando uma energia equivalente a 500 kilotoneladas de TNT. De acordo com Paul Chodas do Near-Earth Object Program Office da NASA, eventos desta magnitude ocorrem, em média, uma vez a cada 100 anos.


Simulação da entrada do meteoróide de Chelyabinsk na atmosfera terrestre e comparação da sua trajectória com a do asteróide 2012 DA14.
Crédito: AGI.

Entretanto, as autoridades russas iniciaram as buscas por meteoritos que possam ter caído na região em redor de Chelyabinsk. Horas após o evento, a polícia local descobriu um buraco no gelo sobre o lago Chebarkul, com cerca de 6 metros de diâmetro, o que motivou a realização das primeiras buscas no fundo lodoso do lago. Até agora, não foram recuperados quaisquer fragmentos.

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